Sim, a sociedade em que vivemos valoriza mais o estranho que o próprio conhecido. Prova disso é a frequente ascensão dos reality shows nessa nossa televisão cada vez mais desprovida de conteúdo.
Temos pais que não sabem ao menos o nome da professora de seus filhos, filhos esses que se quer sabem a idade dos pais.
Cada vez menos sabemos o que o outro pensa, como se porta em situações conflitantes, e muito menos quando precisa de um ombro amigo ou como se sente em relação a nós e a si próprio.
Cada vez menos sabemos o que o outro pensa, como se porta em situações conflitantes, e muito menos quando precisa de um ombro amigo ou como se sente em relação a nós e a si próprio.
É a famosa alegoria da caverna que se faz presente nesse mundo tão estranho. Alheios ao que nos é importante, damos atenção a coisas meramente ilustrativas, que só demonstram a futilidade de uma sociedade que ainda não cresceu.
Perceba, o tal do BBB não passa de uma forma de alienação em massa, tal qual visa a manipulação, dissimulação e hipocrisia humana. Procuramos analisar cada aspecto do "próximo-distante" - aquela que tem as pernas muito feias, aquele que mente muito, a outra que só sabe rir... Somos tudo e nada do que vemos ali.
No verdadeiro show da vida, acordamos as 5 horas da manhã para trabalhar. Damos duro a cada hora suada, comemos o pouco que tem, de forma que esse pouco se torna muito aos olhos de quem luta para tê-lo. Ao final da semana, não temos festa garantida... Mas a companhia de amigos e familiares é essencial. Ao final de 3 meses, não temos a certeza de que concorremos a Milhões de reais, mas nos contentamos com uma fezinha na lotérica da esquina. Nossas provas de resistência são diárias, viver e ser feliz se tornou uma meta árdua mas gratificante, apesar do pouco que se tem. No final do dia, esquecemos de quem somos, e nos tornamos meros espectadores da falsa vida que 17 personagens tomam em um programa de TV.
Ora, qual vida é essa? Aos olhos de milhões de pessoas, concorrendo a um prêmio e ainda tendo que se preocupar apenas em quem votar. - Me desculpe, mas se essa é a realidade de milhões de brasileiros, não sou desse mundo!
me segue ?
ResponderExcluirme segue +1.
ResponderExcluirEnfim, amei isso
tens toda razão!!
bj
Querida Lu, que alegria sua volta, saudades... Espero que esteja tudo bem...
ResponderExcluirCom certeza, mais uma das milhares de farsa que a tv nos prega. Tenho nojo de tudo isso, na verdade, não tenho muita paciência para tv. A minha indignação com a futilidade de tal mídia é simples: a banalização do intelecto do telespectador.
Bjs!
Minhas convicções com o seu pensamento expresso no texto vai até um momento. Programas como o BBB e outros que se utilizam de um certo flerte com o nosso cotidiano, são entretenimentos e devem ser encarados como tal. Afinal, as pessoas confinadas na casa parecem um elenco bem fiel do meio em que vivemos, as assimilações com a nossa volta são obvias demais e devem ser encaradas como um teatrinho do SR° Boninho.
ResponderExcluirAgora não concordo que a pessoa que acorda as 5 da manhã para trabalhar,isso sem festas garantidas no fim de semana, sejam menos egoístas, exibicionistas ou donas de uma curiosidade mórbida maior que a dos "brothers"....pq no fim das contas quem enche a audiência do programas são essas pessoas. Que por um momento querem fingir que a vida pode ser observada ao longe,pela tela de uma televisão.
Esse assunto é polêmico....mas, gostei do seu ponto!