terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ela e a Lua


 Era mais um dia.
 Milhares de pessoas atravessam o seu caminho, mas ela as ignora. Seu ar de superioridade, sua face branca permanece alheia ao que passa ao seu redor. Ela não é de ferro, mas acha seguro fingir ser. 
 Então os sorrisos começam a surgir, ela esbanja simpatia e beleza. Uma mulher como nenhuma outra, segura de si, espontânea, inteligente... ah, todos a queriam, mas ela não queria ninguém. Sua auto-suficiência a afastava de todos, mas todos a queriam ... novamente!
 E a noite chegava, ela já não estava acompanhada. Sua face estava prateada, pois a cada segundo, ela buscava o luar. Sim, o luar... então se pôs a pensar...sozinha...


- Sou como a Lua durante o dia: Encantadora, cercada de estrelas, mas ainda assim, solitária e intocável. 

 Se sente sozinha, suas máscaras caem a noite. Não é perversa nem gélida. É mulher... sensível, debulhando-se em lágrimas no travesseiro. Não quer a piedade de ninguém, mas clama por um afago. - Um grito mudo!- Então adormece.


- imagem: http://cravoecanelagabriela.blogspot.com

4 comentários:

  1. Que beleza! Ultra-româncismo de Byron, platônismo, talvez. "O medo de amar é o medo de dar tudo de si." Mas, não querer ninguém e apenas contentar-se com o banho de lua, não seria a fuga da verdade, do anseio louco de entregar-se completamente? De mais a mais, é melhor sozinha que mal acompanhada.

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  2. Legal o texto vir agora o comentário que você deixou no THRILLER !! e estou aqui retribuindo o comentário bom o texto solitário como a lua o texto e eu....

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  3. Agora para ser como ela quero ser tão famosa e tão desejada como ela... vlw pelo comentário...

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